ANASTÁCIA: A ESCRAVIZADA QUE RELUZ Em 1980, no Rio de Janeiro, tivemos as primeiras informações sobre a ESCRAVA ANASTÁCIA. Em inúmeras segundas-feiras estivemos na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e São Benedito – Rua Uruguaiana, centro, que é protegida pelo IPHAN, desde 1938; lá, muitos de seus devotos comparecem nesse dia para rezar, fazer pedidos, agradecer graças alcançadas e acender velas para sua alma. Nessa mesma edificação setecentista, encontra-se o Museu do Negro, onde se pode apreciar e conhecer melhor a história da Escrava Anastácia. Embora a população africana escravizada trazida para o Brasil fosse de alguns milhões de pessoas e expressiva parte da população brasileira seja afrodescendente, temos poucos museus dedicados ao tema, dentre eles figuram ainda a Casa do Benin, em Salvador-BA, Museu Afro Brasil, em São Paulo-SP, Museu do Percurso Negro, em Porto Alegre-RS, Cafuá das Mercês, em São Luís-MA (cafuá: do dialeto banto, que significa cova, ca
OLIVEIRA – FESTA DO CONGO: PATRIMÔNIO IMATERIAL A alegria da libertação. O meu Terno dança o significado de andar na peia, dançando mais o corpo, fazendo que vai mas não vai. É a alegria da libertação e a recordação do modo como andava o peiado que eram os escravos. É também a lembrança da Santa que apareceu. Leonídio João dos Santos (PONTES, 2003, p. 23). Reinado de Nossa Senhora do Rosário, Terno de Nossa Senhora Aparecida, Oliveira, 2022. Fotografia: Luiz Cruz. 1754 é a referência mais antiga de Oliveira e já em 1758 aparece notícia da existência de uma Capela de Nossa Senhora de Oliveira, “na paragem do Campo Grande.” Frei José da Santíssima Trindade registrou: [...] de pedra, com duas torres, e os portais e o presbitério de pedra mármore e as torres por acabar... No mesmo arraial, fazendo frente à capela, tem a de N.S. do Rosário, acabada de próximo e, perto da subida, tem uma ermida do Senhor dos