MEMÓRIAS DO CONTADOR DE CASOS Tio Nelson e Tia Regina no lançamento do livro Memória Tropeira, em 19 de janeiro de 2015. A contação de caso é um exercício e requer habilidades. Hoje, tratamos da história de um contador de casos: Nelson José da Costa (1941-2022), mais conhecido como Nelson Firmino (nosso tio querido). Vicente José da Costa e Maria Cândida de Paiva tiveram e criaram doze filhos. Todos trabalharam em jornadas pesadas na lida da terra, a cuidar das plantações, do gado e atividades das entressafras. Desde pequeno, Nelson acompanhou o pai nas frentes e apreendeu logo os segredos da vida do homem do campo. Porém, ele se sentia atraído por uma profissão, queria ser militar. Estudou e se preparou para o concurso. Teve aprovação. Mas seu pai não permitiu que ingressasse na vida militar. Dizia que essa profissão era para quem não tinha vocação e precisava ser “adestrado”. Nenhum filho de Vicente José da Costa ingressou nessa carreira, porque tinha habilidades. Nelson contava
OLIVEIRA – FESTA DO CONGO: PATRIMÔNIO IMATERIAL A alegria da libertação. O meu Terno dança o significado de andar na peia, dançando mais o corpo, fazendo que vai mas não vai. É a alegria da libertação e a recordação do modo como andava o peiado que eram os escravos. É também a lembrança da Santa que apareceu. Leonídio João dos Santos (PONTES, 2003, p. 23). Reinado de Nossa Senhora do Rosário, Terno de Nossa Senhora Aparecida, Oliveira, 2022. Fotografia: Luiz Cruz. 1754 é a referência mais antiga de Oliveira e já em 1758 aparece notícia da existência de uma Capela de Nossa Senhora de Oliveira, “na paragem do Campo Grande.” Frei José da Santíssima Trindade registrou: [...] de pedra, com duas torres, e os portais e o presbitério de pedra mármore e as torres por acabar... No mesmo arraial, fazendo frente à capela, tem a de N.S. do Rosário, acabada de próximo e, perto da subida, tem uma ermida do Senhor dos