O CORPO DE DEUS EM SÃO PAULO No dia 16 de junho de 2022, Dia de Corpus Christi, caminhei cedo pelas ruas paulistas. O dia amanhecia com luminosidade intensa e bastante frio. Câmara em punho para registrar aspectos diversos da maior metrópole da América da Sul. São Paulo e seus paradoxos, a cidade que abriga tanta riqueza e ao mesmo tempo tanta miséria. Agora, dizem que já ultrapassam 35 mil moradores de rua – homens, mulheres, jovens, adolescentes, idosos e crianças. Fome e frio são os seus tormentos. Concidadãos da invisibilidade da política nacional – do desgoverno. Fiz muitas fotos. Várias pessoas, inclusive militares, aproximaram de mim e disseram: – cuidado com essa câmara! Tentei ficar atento, mesmo sob forte impacto de tudo que via e registrava. Cheguei à Praça da Sé para participar da Santa Missa e da Procissão de Corpus Christi. Inúmeros acólitos de um lado da praça e uma multidão de moradores de rua do outro lado. Até que chegou o Chef Murru
OLIVEIRA – FESTA DO CONGO: PATRIMÔNIO IMATERIAL A alegria da libertação. O meu Terno dança o significado de andar na peia, dançando mais o corpo, fazendo que vai mas não vai. É a alegria da libertação e a recordação do modo como andava o peiado que eram os escravos. É também a lembrança da Santa que apareceu. Leonídio João dos Santos (PONTES, 2003, p. 23). Reinado de Nossa Senhora do Rosário, Terno de Nossa Senhora Aparecida, Oliveira, 2022. Fotografia: Luiz Cruz. 1754 é a referência mais antiga de Oliveira e já em 1758 aparece notícia da existência de uma Capela de Nossa Senhora de Oliveira, “na paragem do Campo Grande.” Frei José da Santíssima Trindade registrou: [...] de pedra, com duas torres, e os portais e o presbitério de pedra mármore e as torres por acabar... No mesmo arraial, fazendo frente à capela, tem a de N.S. do Rosário, acabada de próximo e, perto da subida, tem uma ermida do Senhor dos