DIA INTERNACIONAL DA MULHER 2020
Luiz Cruz
As Nações Unidas instituíram o Dia Internacional da Mulher no dia 8 de março de 1975, mas a ideia de se celebrar o Dia da Mulher surgiu lá no início do século passado, em Nova York; era 1909, depois que o Partido Socialista da América promoveu uma jornada de manifestações pela igualdade de direitos civis, especialmente pelo direito ao voto feminino.
O tempo passou e a cada dia precisamos celebrar mais o DIA INTERNACIONAL DA MULHER, principalmente no Brasil da atualidade. A cada ano centenas de brasileiras perdem a vida, abatidas a bala e a faca, apenas pelo fato de ser mulher. Um verdadeiro horror!!! E agora, com o atual governo, que agrega adjetivos pejorativos e preconceituosos contra as mulheres e as minorias, temos que manifestar nosso apoio às mulheres brasileiras. Lá no passado, a luta foi pelo direito ao voto, hoje, principalmente as mulheres precisam usar o principal instrumento de transformação da sociedade, o voto. Devem analisar os candidatos, seus projetos políticos e administrativos. Votar sem conhecer o candidato e seus projetos é usar o instrumento voto contra si mesmo, como um tiro no pé.
No dia 7 de março fui convidado para assistir uma Roda de Danças Circulares para celebrar o Dia Internacional da Mulher em Tiradentes, na sede do Aymorés Futebol Clube, na Rua Direita. Numa tarde de belíssima luminosidade, acompanhei o pequeno grupo se preparando para as Danças Circulares. Ao iniciar, fizeram oração por todas mulheres, as mais ancestrais que nos legaram conhecimentos que atravessam milênios, as antigas que lutaram por seus direitos e por eles muitas delas perderam a própria vida.  As mulheres da atualidade, as mulheres que são marginalizadas por serem diferentes, as das periferias, as moradoras de rua, as que vivem nas florestas, as que vivem nos desertos, as que vivem em todos os cantos e a cada dia constroem suas histórias individuais e também aquelas que escrevem as histórias coletivas – todas narrativas são importantes, pois elas surgem da sensibilidade feminina, da percepção feminina.
Fiquei muito feliz em acompanhar a Roda de Danças, cada uma participante com sua graça e beleza. Cada uma com sua crença e fé. Dançaram e se olharam, fortaleceram enquanto mulheres e enquanto cidadãs. Renovaram as energias. Olharam para o passado e viram muitas mulheres guerreiras, olharam para o presente e perceberam o tanto que precisam enfrentar, olharam para o futuro e viram que há uma luz a ser conquistada. 
A Dança de Roda movimentou as mulheres, que ficaram iluminadas, não apenas pelo sol que adentrou pelo salão afora, mas pela luminosidade de cada uma, pelo resplendor da aura de cada uma, pela magia e força que um grupo de mulheres pode conseguir. Mãos dadas, olhos no olhos, as mulheres são muito mais fortes do que se imagina.
Tiradentes fez presença no Dia Internacional das Mulheres, com força, elegância e criatividade. Isso é muito importante, nesses tempos de obscuridade total na vida sócio-política-cultural do Brasil, ninguém solta a mão de ninguém, nenhuma pode soltar a mão de nenhuma.
Professora Arlete, gratíssimo pelo convite. Mulheres da Roda de Danças Circulares e todas as outras: Feliz Dia Internacional das Mulheres!

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