SÃO JOÃO DEL-REI – JUBILEU DO DIVINO – 2022

                          

Andor com a representação do Divino Espírito Santo, Jubileu do Divino, Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, São João del-Rei-MG. Foto: Luiz Cruz.

“Quando chegou o dia de Pentecostes os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. Então, apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito os inspirava. Moravam em Jerusalém judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua.” [...]At 2,1-11

Festa do Divino em Paraty-RJ. Foto: estrelatours.com.br

O culto ao Divino Espírito Santo foi instituído em Portugal pela Rainha Isabel, no século XIII e chegou ao Brasil, trazido pelos colonizadores. É celebrado em diversas localidades e com muita expressividade. Em Paraty-RJ ocorre uma as mais tradicionais festas e envolve praticamente toda população paratiense na sua organização. A Festa do Divino de Paraty foi registrada como Patrimônio Cultural Brasileiro, pelo IPHAN, em 2013. Ela possui “relevância nacional, na medida em que traz elementos essenciais para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira, além de ser uma referência cultural dinâmica e de longa continuidade histórica”.

Em Pirenópolis-GO se realiza uma das mais fabulosas festas em honra ao Divino Espírito Santo e que foi registrada como Patrimônio Imaterial, pelo IPHAN, em 2010. Na grande mobilização, destacam-se as cavalhadas e as folias rurais do Divino.

 

                         

Festa do Divino em Pirenópolis-GO. Foto: br.pinterest.com.


Em Diamantina se promove-se a mais bela celebração ao Divino Espírito Santo mineira, com grande pompa. Essa festa foi registrada pela Prefeitura Municipal, em 2014, como patrimônio “por sua importância cultural para a cidade”.

                                                

Programação do Jubileu do Divino, Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, São João del-Rei-MG.

Jubileu do Divino, Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, São João del-Rei-MG. Foto: Luiz Cruz.

 

O Jubileu do Divino é realizado em São João del-Rei, no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Segundo a Diocese local, a festa aconteceu a partir de 1774 com as cavalhadas, desde esse ano até 1924, foi considerada a maior festa da cidade, quando ocorreu sua suspensão. De 1924 a 1997 ocorreu apenas com celebração interna. A partir de 1998, o Jubileu do Divino foi resgatado, através da iniciativa de comissão da Igreja e de pesquisadores, quando as cavalhadas foram substituídas pelos ternos de Congados.

                                            

Detalhe do andor, Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, São João del-Rei-MG. Foto: Luiz Cruz.

Santo Antônio na liteira, Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, São João del-Rei-MG. Foto: Luiz Cruz.

Andor de Nossa Senhora do Rosário, Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, São João del-Rei-MG. Foto: Luiz Cruz.

                                 

Café compartilhado, Jubileu do Divino, Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, São João del-Rei-MG.Foto: Luiz Cruz. 

A celebração do Jubileu do Divino teve suspensão em decorrência da pandemia da Covid-19. Em 2022, voltou a ser realizado, mas ainda sem a participação dos ternos de Congado. Na Missa de Pentecostes, o celebrante padre Thairo Guimarães Mesquita homenageou os ternos de Congado, tocou o acordeon, cantou os pontos de congado e encerrou a celebração com a cantoria que envolveu os fiéis presentes. Logo, os organizadores do Jubileu do Divino ofereceram o café compartilhado aos presentes. A longa mesa com cestos cheios de bolos, pães e biscoitos esvaziavam e logo eram abastecidas, “parecia a multiplicação dos peixes”. A manhã no Santuário do Senhor Bom Jesus, no Jubileu do Divino, foi memorável. Para 2023 teremos mais, mas para tal é preciso que cada um se cuide; afinal, a Covid-19 não é uma “gripezinha” e já matou quase 670 mil brasileiros.

 

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