GRIMPA: elemento
arquitetônico e paisagístico
Chega mais perto contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a
chave?
Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo.
Grimpa da Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens (1758). Rio de Janeiro-RJ.
Fotografia: Luiz Cruz, 2020.
GRIMPA - S.S. bandeira, ou figura de metal plana, que se põe para
remate nas torres e alto do edifício; valeta, § s. cume, o auge [...]
BLUTEAU, Rafael. Dicionário da Língua Portuguesa. Lisboa: Officina de Simão Thaddeo Ferreira, 1789, p.670.
grimpa [gripa]. s.f. (Do
fr. Ant. guimple). 1. Lâmina móvel do cata-vento. 2. Parte mais elevada
de uma coisa. = COCORUTO, CRISTA, CUME, PÍNCARO. 3. Gir. Cabeça, fronte.
4. Bras. (S). Ramo de pinheiro. [...]
grimpar
[grimpár]. v. (Do fr. grimper ‘trepar’, ‘subir’. [...].
Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea. Academia das Ciências de Lisboa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, Editorial Verbo, 2001, v. II, p.1940.
GUIMPE n.f. (du francique wimpil). 1. Anc. Pièce de toile
encandrant l visage au XIIIe s. et longtemps conservée dans le
constume de certaines religieuses; lingerie très fine couvrant le buste, portée
au XVIe s. sous la robe largement décolletèe. [...]
Le Petit Larousse Illustré, 2010. Imprimé en France, 2009. p.486.
GRIMPA
Ornato, geralmente de folha de metal,
que aparece no remate das TORRES de igrejas ou na parte mais alta das
edificações.
Glossário do Patrimônio de Tiradentes-MG, Tiradentes: IHGT, 2015, p.79.
A
palavra grimpa pode ter significados diferentes. Em nossa casa, na Rua Direita,
no centro de Tiradentes, na “horta” tínhamos muitas árvores. O desafio da
meninada era subir até a grimpa delas. A preferida era o caquizeiro, por ser
mais alto e mais vertical, atingir o seu cume constituía uma conquista. Bem
embaixo do caquizeiro ficava o poço da casa, todo revestido de pedra, com muita
avenca, girinos e até uns peixinhos. Um dia nosso pai sonhou que o filho mais
novo caiu no poço; então, levantou e providenciou o seu soterramento. Tempo
depois, o caquizeiro morreu. Perdemos nossa árvore predileta. Agora, tanto a
grimpa do caquizeiro quanto o poço são lembranças de meninos acumuladas em nossas
memórias.
Já
adolescentes, circulávamos por todos os cantos da cidade. Entrávamos na Casa da
Almas, ou Casa da Madeira – na verdade era a Casa da Fábrica da Matriz de Santo
Antônio de Tiradentes. A edificação nos assombrava pela dimensão, decrepitude,
arruinamento e o forte odor bolorento. Na Casa da Fábrica se atirava tudo que
não estava mais em uso, tinha verdadeira montanha dos mais variados objetos:
fragmento de corpo de santo de roca, braço de santo, cadeiras quebradas,
genuflexório roto, bancos, caibros, barrotes, panos velhos, jarras, vidros, coroas
de defuntos – com flores e folhas de metal esmaltados, com vidrilhos coloridos,
um sino inteiro, bacia, badalo e corpo, mas com um buraco, o que o retirou de
uso. No meio da tralha toda, lá estavam umas telhas vitrificadas, no tom verde
escuro, a nos lembrar a conhecida louça de Saramenha. As vezes pensamos em
pegar algo e levar para casa, mas como chegar lá e explicar para nossa mãe que trouxemos
da Casa das Almas. Levaríamos uma surra e teria que ir lá devolver. Anos
depois, retornamos à essa edificação e o ambiente estava desobstruído, não
havia mais nada. – Onde aquilo tudo foi parar? – Ninguém sabe...
Provavelmente,
as telhas vitrificadas seriam das torres da fachada da Matriz de Santo Antônio.
As matrizes mineiras, da primeira metade do século XVIII, seguiram o mesmo
padrão, fachadas desprovidas de ornamentação, frontão triangular, torres
quadradas cobertas por telhado em quatro águas. Exatamente como as matrizes de
Nossa Senhora da Conceição, de Sabará ou a de Santo Antônio, de Santa Bárbara. Não
há imagem da fachada da matriz da Vila de São José, o registro mais antigo é um
desenho de Johann Moritz Rugendas (1802-1858), de 1824; porém, com a fachada
nova, executada a partir de 1810, que foi o último projeto arquitetônico
assinado pelo Mestre Aleijadinho – Antônio Francisco Lisboa (1737-1814).
Nas
torres da fachada da matriz da Vila de São José, existiram grimpas, executadas
por ferreiro, conforme o pagamento por este trabalho e aos pintores e
douradores pelas atividades realizadas nestes elementos:
João Fernandes Braga
1736/1737 – Recebeu 199$500 “de fazer as
esferas varoens, ecruzes das grimpas”. (Lº 2º. Fls; 6 v., “Receita e Despesa”
da Irmandade do S.S. Sacramento).
1737/1738 – Recebeu 12$800 “de dourar
epintar a esferas e grimpas”. (Lº 2º de “Receita e Despesa” da Irmandade do
S.S. Sacramento, 15 v.).
Luiz da Silva
1757/1758 – Recebeu 21$150 “de dourar as
grimpas e dar óleo na simalha”. (Lº cit., fls. 140).
(MARTINS, 1974, v. I, p. 120, v. II,
p.227,239).
A
Irmandade do Santíssimo Sacramento, a construtora da matriz, mandou
confeccionar, instalar, dourar, pintar e realizava a manutenção da grimpas. Destes
elementos restaram apenas as informações históricas.
Duas
fotografias da década de 1930 e 1940 registraram grimpas que existiram em
Tiradentes, na Capela de São João Evangelista e na Casa Padre Toledo. Na
primeira, era uma cruz latina, de ferro batido, instalado no cume da fachada e
ladeada por pináculos, ambos desapareceram com as obras sucessivas. A Casa
Padre Toledo recebeu obra de monumentalização a partir de 1917, com a adaptação
do torreão em “chalé”, com telhado em três águas, lambrequins e a grimpa. Obra executada
por influência das novidades construtivas implantadas na região, a partir da
arquitetura ferroviária. Na década de 1940, o então SPHAN, realizou obra de
restauração nesta edificação e devolveu suas soluções arquitetônicas
setecentistas.
Capela de São João Evangelista e Casa Padre Toledo. Tiradentes-MG. Fotografia de Ferber, acervo APM – Arquivo Público Mineiro, s/d, possivelmente década de 1930.
Casa Padre Toledo com sua fachada monumentalizada e grimpa.
Tiradentes-MG. Fotografia: acervo ACIPHAN-RJ, década de 1940.
A
Vila de São José, atual Tiradentes, perdeu suas grimpas, que são elementos
arquitetônicos e componentes da paisagem. Recentemente, no Centro Cultural
Tamanduá, construído pela multiartista Dorothy Lenner, encontra-se uma grimpa
catavento, a haste tem as letras indicativas da direção: N / S e L / O, a seta
direcional e sobre ela um sikh, um indiano a ostentar flâmula a apontar
a direção do vento – o “sique” tem a função de proteger e cuidar da casa, onde é
instalado. Lenner o desenhou e encomendou ao artesão Conte, de Serra Negra-SP,
especialmente para esta edificação. Grimpa com policromia, os trajes do
personagem receberam cores, onde se destacam estrelas e tem seu turbante azul
volumoso, destacado por linhas.
Grimpa catavento do Centro Cultural Tamanduá. Tiradentes-MG.
Fotografia:
Luiz Cruz, 2018.
As
grimpas surgiram há tempos longínquos, em tantos lugares e seria difícil
pontuar suas origens, mas é certo que desde os primórdios de Minas, estiveram
presentes em nossas edificações religiosas e civis. Elemento raramente citado
por pesquisadores da história da arquitetura brasileira, mas merecedores de
atenção, principalmente para assegurar sua preservação como bens integrados às
edificações.
Finalmente,
Minas Gerais acabou de ganhar um belo presente, o trabalho do restaurador e
pesquisador Gustavo Bastos Bonfim, sob o título: Na direção dos ventos nas
alterosas: estudo iconográfico e inventário das grimpas nas igrejas
setecentistas de Minas Gerais, apresentado como TCC junto ao Instituto
Federal de Minas Gerais, Campus Ouro Preto, sob a orientação do professor dr.
Alex Bohrer. Trabalho da maior relevância para a compreensão da expressividade
deste elemento em nossas edificações, desenvolvido nos últimos três anos e
executado com acuidade, logo transformado em referência sobre o tema. Conforme
destacado por este autor, o elemento pode ser:
feito em chapas metálicas cortadas e soldadas, que além de ser uma peça em grandes proporções, o que amplifica a área de tomada dos ventos para que a mesma rotacione, também possui o mecanismo de giro, que é sempre implantado no verso da figura. (BONFIM, 2023, p.20).
Além
de nos apresentar as possibilidades, materiais, iconografia, situação de
conservação, o pesquisar inventariou as grimpas setecentistas de Minas Gerais. Trabalho
necessário, com bom resultado e inspirador.
Há
grimpa para todos os gostos, mas a esfera armilar é elemento tridimensional que
propicia volumetria e charme, mas encontramos representações como a águia,
agulha, árvore, bulbo, corneteiro, coroa, dragão, espada, estrela, fênix,
flâmula, fogo, galo, globo, lira, lua, raios, seta, sol, mas o preponderante
mesmo é a cruz, por ser a que mais identifica a edificação religiosa e cada um
tem sua significação iconográfica. (LURKER, 1997).
Diamantina
e a paisagem das grimpas
Conforme ocorreu em Tiradentes, a matriz diamantinense, de cerca de 1750, passou por obras, acabou demolida e o novo templo foi monumentalizado. Porém, mesmo com nova solução arquitetônica, a atual Catedral de Santo Antônio mantém suas grimpas, com a esfera armilar.
A
Capela de Nossa Senhora da Soledade, edificada por Bernardino V. do Couto,
também conhecida por Capela dos Bambães, teve torre única e grimpa, com a
esfera armilar. Por falta de manutenção, a edificação acabou em crítica
situação de conservação e foi demolida, em 1918, por determinação do prefeito
F. Neto Mota.
Matriz de Santo Antônio, com sua torre única, telhado em quatro águas e grimpa. Edificação demolida. Diamantina-MG. Fotografia s/d e sem autoria. (COUTO, 1954, p.60A).
Atual Catedral
de Santo Antônio, com suas torres e grimpas. Diamantina-MG.
Fotografia: Luiz Cruz, 2008.
Capelas de São Francisco e Nossa Senhora do Amparo,
com suas
torres e grimpas. Diamantina-MG. Fotografias: Luiz Cruz, 2008.
No
conjunto de grimpas de Diamantina predominam as esferas e os galos. Mas na
torre da Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos encontramos uma
das mais elegantes de Minas Gerais. Instalada no coruchéu de madeira, com a
esfera armilar, a águia bicéfala, coroa e cruz. A ave é representada com cauda,
asa e pés abertos, cada cabeça para um lado e a receber a coroa vazada; solução
das mais interessantes a se destacar na paisagem arquitetônica diamantinense. Á
águia bicéfala é elemento presente em diversas soluções arquitetônicas
brasileiras, encontradas em chafarizes, lavabos, púlpitos, objetos e tetos
pintados. Tem sido tema de estudos do pesquisador Jaelson Bitran Trindade e com
ele aprendemos a apreciar esta representação.
Grimpa da Capela de Nossa Senhora dos Homens Pretos, Diamantina-MG.
Fotografia: Luiz Cruz, 2008.
Grimpas nas paisagens de São João del-Rei
Uma
das mais sólidas, monumentais e elegantes edificações da arquitetura colonial
mineira é a Capela de Nossa Senhora do Monte Carmelo de São João del-Rei. Toda
estruturada com elementos rochosos, com destaque para os blocos de xisto
esverdeados, tem torres esbeltas, cúpulas bulbosas e nelas as grimpas.
Em
fotografia do acervo do ACIPHAN-RJ – Arquivo Central do IPHAN, encontra-se
fotografia desta igreja, provavelmente da década de 1940, nela a grimpa está
sobre o coruchéu, com a esfera armilar e a cruz latina. Posteriormente,
acrescentaram o galo e a águia.
Destas
torres, os sinos carmelitas travam intensos diálogos com os das demais igrejas,
as paisagens se fundem, a arquitetônica e a sonora. Toda atenção é pouca para
aproveitar os detalhes que estes bens integrados nos possibilitam.
Capela da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, São João del-Rei-MG.
Década de
1940. Fotografia acervo ACIPHAN-RJ.
Aspecto da fachada frontal da Capela de Nossa Senhora do Carmo e suas grimpas.
São João del-Rei-MG. Fotografia: Luiz Cruz, 2018.
São João del-Rei-MG. Fotografias: Luiz Cruz, 2023.
São
João del-Rei ainda possui outras grimpas, mas merecem destaque as peculiares
soluções aplicadas à ornamentação da Estação da EFOM – Estrada de Ferro Oeste
de Minas, com o uso de chapas metálicas, para as grimpas e demais detalhes.
Este recurso propicia leveza à toda estrutura em ferro da estação, com desenho apurado
e harmonioso.
Fachada lateral da Estação da EFOM, com grimpa. São João del-Rei-MG.
Fotografia:
Luiz Cruz, 2016.
Fachada
lateral da Estação da EFOM, com grimpa. São João del-Rei-MG.
Fotografias: Luiz Cruz, 2016.
O dragão de sete
cabeças
A Matriz de Nossa Senhora da Conceição, da Vila Real de Sabará, teve inauguração em 1710 e figura dentre as primeiras de Minas Gerais. Sua fachada segue os padrões das matrizes pioneiras, como a Sé de Mariana. É desprovida de ornamentação, tem frontão triangular ondulado – no tímpano figura um óculo obturado com uma estrela de cinco pontas e torres quadradas, com telhado em quatro águas e sobre elas as grimpas. Estas são das mais vinculadas às representações da padroeira, a Virgem da Conceição, devoção bem arraigada em Minas Gerais. A grimpa se constitui da esfera armilar, o dragão alado de sete cabeças, a lua, o sol, a estrela – símbolos da Litania de Nossa Senhora, e a rematar a cruz latina em ferro batido. O dragão se destaca na composição, por sua representação mais horizontalizada, curvada e com o rabo em ponta de lança. Da cabeça maior, o ser ostenta um objeto, “parece uma bola flamejante” (BONFIM, 2023, p.37), mas pode parecer uma flor a ser oferecida à Senhora da Conceição.
Fachada
frontal da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, 1710.
Sabará-MG. Fotografia: Luiz Cruz, 2023.
Sabará-MG. Fotografia: Luiz Cruz, 2023.
Detalhe da grimpa, corpo do dragão alado de sete cabeças, na maior
um objeto que pode ser uma flor. Fotografia: Luiz Cruz, 2023.
A Capela de Nossa Senhora do Ó com sua achada singela e torre única com telhado em quatro águas, também foi dotada de grimpa. Porém, mais simplificada que a da matriz, com o dragão de sete cabeças (mas aqui aparecem oito), na maior delas com um objeto na boca – talvez seja uma flor; seu corpo se horizontaliza e a ponta é triangular, bem definida, além da lua, o sol e a cruz latina com raios.
Fachada
lateral da Capela de Nossa Senhora do Ó, com sua grimpa,
Sabará-MG. Fotografia: Luiz Cruz, 2023.
Corpo do dragão de sete cabeças, grimpa da Capela de Nossa Senhora do Ó,
Sabará-MG. Fotografia: Luiz Cruz, 2023.
Ao passar por Ouro
Preto e Mariana
Nas duas cidades setecentistas encontramos soluções de
grimpas esbeltas e elegantes. Na Capela do Senhor do Bonfim, bem próximo à
Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar ouropretana, há um excelente
exemplar. Alguns elementos se repetem em tantas outras, mas aqui bem
distribuídos na haste, com a esfera armilar, uma águia com as asas entreabertas
e seu penacho, a coroa tridimencional vazada e a cruz latina raiada. O conjunto
recebeu pintura em verde colonial.
A que tudo indica, parece que em Vila Rica, as grimpas em
ferro devem ter causado danos, pela possibilidade de “atrair raios”, conforme
registrado sobre a da cadeia:
Em novembro de 1799,
quando já estaria terminada a construção de pedra da tôrre do relógio,
deliberaram os oficiais da Câmara (Cód.
124-CM., fls. 23v.) <mudar a Grimpa e Globo da Torre dos Paços deste
Concelho, que na forma do risco deveria ser de Ferro, ou Cobre para huma
piramede de pedra atendendo que a obra de Ferro, pode vir a ser prejudicial por
conduzir os Rayos, do quea de pedra, e por puder esta rezistir mais as injurias
dos tempos.> (LOPES, 1955, p.237).
Atualmente, quase todas as edificações já foram dotadas com para-raios para a segurança, principalmente as mais representativas em termos de arquitetura e ornamentação.
Fotografia: Luiz Cruz, 2019.
Detalhe da águia da grimpa da Capela do Senhor do Bonfim, Ouro Preto-MG.
Fotografia: Luiz Cruz, 2023.
Nas edificações da sede do município de Mariana, coruchéus em rochas encimam as torres das igrejas, mas para se rematar o pelourinho, valeram-se dos recursos da esfera armilar e da coroa tridimensional vasada, a proporcionar ao monumento certa graça e leveza.
Mariana-MG. Fotografia: Luiz Cruz, 2019.
No distrito marianense de Santa Rita Durão, nas torres da
Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, encontramos grimpas da maior elegância. A
edificação tem fachada simples, com as torres quadradas, telhado em quatro
águas, com coruchéu em elemento pétreo e a grimpa em metal.
Na longa haste inseriram a esfera armilar, o corneteiro e a
cruz latina, inserida em circulo com estrelas. A composição peculiar valoriza a
paisagem da localidade. Anjos corneteiros foram aplicados às soluções das
gripas do Santuário do Senhor Bom Jesus, de Congonhas-MG.
Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, Santa Rita Durão. Mariana-MG.
Fotografia: Luiz Cruz, 2019.
Grimpa da Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, Santa Rita Durão.
Mariana-MG. Fotografia: Luiz Cruz, 2019.
Grimpa com anjo corneteiro, Santuário do Senhor Bom Jesus.
Congonhas-MG. Fotografia: Luiz Cruz, 2020.
As grimpas fixas ou as com dispositivos para rotacionar, na
ocorrência de vento, podem ser encontradas em diversas municipalidades mineiras,
inclusive na capital, na Igreja de São José, que tanto se destaca na paisagem
belorizontina. A torre central com a cruz é ladeada por duas menores, em uma delas
tem vazada a palavra ANNO e na outra a data 1911. A Matriz de Nossa Senhora da
Boa Viagem, do Arraial do Curral Del-Rei, origem da atual capital, teve sua
fachada como outras matrizes mineiras setecentistas, com torres quadradas,
cobertas por telhado e rematadas com grimpas. A velha matriz foi demolida e
dela subsistem registros fotográficos. Na Matriz de Nossa Senhora das Brotas, em
Entre Rios de Minas, edificada no início do século XX, sob a influência das
novas soluções arquitetônicas implantadas em Belo Horizonte, também encontramos a grimpa.
Igreja de São José, com suas torres e grimpas. Belo Horizonte-MG.
Fotografia: Coleção Otávio Dias Filho, década de 1920.
Grimpas da Igreja de São José. Belo Horizonte-MG. Fotografia: Luiz Cruz, 2018.
Detalhes das grimpas da Igreja de São José. Belo Horizonte-MG. Na da esquerda
a palavra ANNO e na direita a data 1911. Fotografias: Luiz Cruz, 2018.
Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem e suas grimpas, século XVIII, do antigo
Arraial do Curral del-Rei, atual Belo Horizonte-MG. Edificação demolida.
Fotografia: Coleção Otávio Dias Filho, cerca de 1911.
Matriz de Nossa Senhora das Brotas. Entre Rios de Minas-MG.
Fotografia: Luiz Cruz, 2023.
Passeio
pelo centro de São Paulo
Na década de 1820, ao passar por São Paulo, o viajante e
artista francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848), desenhou a paisagem e lá
ficaram registradas as grimpas das edificações paulistas.
Debret, Praça da Sé e Igreja de São Pedro, aquarela sobre papel, 1827.
Ao longo dos séculos, o núcleo urbano central de São Paulo
passou por severas transformações urbanísticas e arquitetônicas. Mesmo assim, a
metrópole conservou diversas de suas grimpas, algumas com soluções peculiares,
outras singelas, mas todas acabam por se conformar elementos da paisagem
paulista. Entre tantos prédios verticais é preciso olhar atentamente para
observá-las. Dentre elas a que mais se
destaca pela imponente solução é a da Igreja de Santa Efigênia, com o seu
volumoso galo tridimencional e a elevada altura da torre, onde se encontra.
Grimpa da Igreja de Santa Efigênia. São Paulo-SP. Fotografia: Luiz Cruz, 2022.
Fotografias: Luiz Cruz, 2022.
O imponente Mosteiro de São Bento abriga soluções bem
personalizadas para as suas grimpas. Nas duas torres centrais, figuram a cruz
de Malta – que é associada à Ordem dos Cavaleiros de Malta, os Hospitalários.
Aspecto da fachada frontal do Mosteiro de São Bendo. São Paulo-SP,
grimpas com a cruz de Malta. Fotografia: Luiz Cruz, 2022.
Em um dos módulos do telhado, aparece uma grimpa com formato de árvore, enquanto em outro extremo figura uma lira, encimada por estrela de cinco pontas.
Fotografias: Luiz Cruz, 2022.
Ainda no centro da cidade, nas edificações civis, pode-se observar uma diversidade de grimpas. Algumas são bem singelas, com apenas longa haste em agulha, às vezes com remate como é o caso da torre da Estação da Luz, onde se abriga o Museu da Literatura Brasileira.
Grimpas do Museu da Literatura Brasileira. São Paulo-SP.
Fotografias: Luiz Cruz, 2022.
No interior paulistano algumas edificações possuem grimpas.
Aqui estão as de uma edificação bastante conhecida por milhares e milhares de
romeiros que visitam Aparecida anualmente. Elas são das torres da velha Basílica
de Nossa Senhora Aparecida, que tem fachada com elementos pétreos. A edificação
pioneira teve a construção iniciada em 1768 e a atual foi inaugurada em 1888. A
partir dos coruchéus, conformam-se as grimpas, com a esfera armilar (no momento
com os elos desencontrados), o galo e a cruz latina raiada. Os galos são
diferentes, o da esquerda simula um passo, no da esquerda não aparecem pernas e
as penas do rabo são dentilhadas.
Fotografia: Luiz Cruz, 2012.
Grimpas da antiga Basílica de Nossa Senhora Aparecida.
Aparecida-SP. Fotografias: Luiz Cruz, 2012.
Na paisagem carioca
Debret deixou diversos registros da vida sociocultural do Rio de Janeiro, em um de seus desenhos, ao observá-lo mais atentamente, apreciamos as grimpas do Convento de Santo Antônio e da Capela da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, do Largo da Carioca. Dentre desenhos, aquarelas, litografias e fotografias mais antigas vamos encontrar as grimpas cariocas.
Detalhe de desenho de Debret, Largo da Carioca, cerca de 1816/1830.
Acervo Museu Castro Maya, Rio de Janeiro-RJ.
Grimpa do Convento de Santo Antônio, Largo da Carioca.
Rio de Janeiro-RJ. Fotografia: Luiz Cruz, 2021.
Na fachada do convento, até o presente, conserva-se a grimpa,
sobre a sineira, composta por esfera, o galo e a cruz latina, afixados em haste
longa. Próximo a este conjunto, localiza-se uma das mais imponentes edificações
do Rio de Janeiro, a Igreja de São Francisco de Paula – obra iniciada em 1759,
por iniciativa da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula e
concluída em 1801. Tem as fachadas externas em elementos pétreos. Em suas
torres bulbosas, no cume, instalaram grimpas, a partir de elementos fitomórficos – uma flor-de-lis,
um círculo com Ss vazados, superposto pela representação de ave, poderia ser
uma águia estilizada e acima dela a cruz latina em ferro batido, vazada e
raiada.
Rio de Janeiro-RJ. Fotografia: Luiz Cruz, 2021
Grimpa da Igreja de São Francisco de Paula. Rio de Janeiro-RJ.
Fotografia: Luiz Cruz, 2021.
A majestosa Igreja de Nossa Senhora da Candelária, erguida
com materiais rochosos, tem suas torres ornamentadas com grimpas. Acima do
coruchéu em pedra, está um globo, a seta direcional e a cruz latina. No
frontão, no acrotério, a cruz latina em ferro batido ganhou destaque, enquanto
para rematar a ornamentação da cúpula central, sobre o laternin, estão o globo
e a cruz latina. A ornamentação da Candelária nos causa impacto, por sua expressiva
monumentalidade.
Fachada frontal da Igreja de Nossa Senhora da Candelária (1775).
Rio de Janeiro-RJ. Fotografia: Luiz Cruz. 2021
da Candelária. Rio de Janeiro-RJ. Fotografia: Luiz Cruz. 2021.
Já na Avenida 1º de Março, num autêntico complexo de
edificações religiosas, destacam-se as igrejas da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo e a de Nossa Senhora
do Carmo da Antiga Sé. Edificações de significativa monumentalidade que de tão
próximas os volumes se confundem.
Nas torres da edificação dos terceiros, sobre os coruchéus
pétreos, instalaram grimpas, bulbos, o
galo tridimensional e a cruz latina.
.
Torres das igrejas da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo e da Sé Antiga,
centro. Rio de Janeiro-RJ. Fotografia: Luiz Cruz, 2021.
Cúpula da torre e grimpa, Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do
Carmo.
Rio de Janeiro-RJ. Fotografia: Luiz Cruz, 2021.
Pouco mais adiante, na Praça XV, ou Largo do Paço, existiu um chafariz, que foi substituído por outro, em 1789, executado pelo afamado Mestre Valentim – Valentim da Fonseca e Silva, nascido no Serro-MG, a 13 de fevereiro de 1745 e falecido no Rio de Janeiro, a 1º de março de 1813. Construído em granito, tem forma piramidal, balaustrada, pináculos com fogaréus e placas em lioz portuguesa. Tudo rematado por uma esfera armilar em ferro, como as empregadas nas grimpas das igrejas.
Esfera armilar, Chafariz da Praça XV, ou do Largo do Paço,
obra executada pelo Mestre Valentim, em 1789, centro, Rio de Janeiro-RJ.
Fotografia: Luiz Cruz, 2020.
Chafariz da Praça XV, ou do Largo do Paço, obra executada pelo
Mestre Valentim, em 1789, centro, Rio de Janeiro-RJ. Fotografia: Luiz Cruz, 2020.
Ao afastar um pouco do centro da cidade, no bairro Glória,
está a igreja dedicada à Nossa Senhora da Glória do Outeiro (1714-1739).
Instalada no topo de uma colina, a imponente edificação é um dos elementos mais
marcantes da paisagem carioca. Com torre
única e central, destacada por elementos pétreos, nela se encontra a grimpa –
um galo tridimensinal, com detalhes vazados entre as penas da cauda, bem junto
ao remate e a cruz latina.
A cidade é detentora de precioso patrimônio arquitetônico, mas disperso em sua malha urbana. Seria impossível apresentar todos elementos contemplados por grimpas, cataventos, coruchéus e pináculos. Igualmente é o interior fluminense, com seus bens culturais e tradições; porém, torna-se necessário apontar para Paraty, cidade litorânea com tantas peculiaridades e suas grimpas.
Fachada frontal da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro.
Rio de Janeiro-RJ. Fotografia: Luiz Cruz, 2021.
Torre e grimpa da Igreja de Nosssa Senhora da Glória do Outeiro.
Rio de Janeiro-RJ. Fotografia: Luiz Cruz, 2021.
As
grimpas da Villa de Paraty
Na região ocupada pelos indígenas da etnia Tupinambás e
Goianás, teve a primeira povoação portuguesa num morro, que atualmente é o
Morro do Forte. Em torno da devoção à Senhora dos Remédios, acabou-se por
conformar uma ocupação no século XVII, a Vila de Nossa Senhora dos Remédios de
Paraty. Após a descoberta do ouro nas
Minas Gerais, Paraty se fortaleceu e se tornou o porto de escoamento do metal
precioso. Região de belezas diversas, com um dos mais preservados conjuntos
arquitetônicos do Brasil colonial e tem igrejas com grimpas.
Segundo o historiador e pesquisador Diuner Mello, as grimpas serviam de orientação para os pescadores, “sobre o tempo e os ventos antes de sairem ao mar”; em Paraty, as grimpas são conhecidas como “galo”.
Fotografias: Diuner Mello.
A Capela de Santa Rita de Cássia teve construção iniciada em
1722 – numa iniciativa dos pardos libertos, com a invocação ao Menino Deus,
Santa Quitéria e Santa Rita de Cássia. Implantada em largo amplo, deve ser o exemplar
arquitetônico que mais expressa identidade à cidade. Estruturada com elementros
rochosos, tem torre única, quadrada, com sineira e rematada por grimpa,
constituída pelo globo, o galo e a cruz latina.
Em consequência da demolição da pioneira Matriz de Nossa Senhora dos Remédios e da Capela de São Roque, a Capela de Santa Rita de Cássia vem a ser a mais antiga da cidade e nela funciona o Museu de Arte Sacra de Paraty.
Fotografias: Diuner Mello.
A Capela de Nossa Senhora das Dores foi edificada para
abrigar a imagem “Das Dores” procedente da demolida matriz. Também conhecida
como “capelinha”, passou por obra de ampliação e reforma em 1901. Sua fachada é
singela, com alguns elementos pétreos e a torre sineira quadrada, lateral, com
cúpula bulbosa rematada por grimpa, com a esfera armilar, o galo e a cruz
latina vazada e com as pontas recortadas.
As grimpas paratienses são ornamentos que contribuem para a conformação da paisagem arquitetônica e natural da cidade – que, por sua riqueza cultural e biodiversidade, tornou-se o primero sítio misto do Brasil a integrar a lista de Patrimônio Mundial, reconhecido pela Unesco.
Nas grimpas do Nordeste do Brasil
Seria impossível abordar aqui estado por estado da vasta, rica e belíssima arquitetura do Nordeste brasileiro. Porém, por questões afetivas, estão grimpas de apenas duas cidades do Sergipe: Laranjeiras, Lagarto e outras mais significativas.
Caminhar pelas ruas do centro de Laranjeiras é experiência ímpar. É encontrar um patrimônio fabuloso e claro, edificações dotadas com grimpas, algumas simples, mas lá estão a enriquecer a arquitetura e pontuar a paisagem. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Pardos foi implantada em largo amplo e com grande destaque. Sua fachada é singela, com torre única, lateral, em tramos de argamassa, preenchidos por azulejos. Sobre o coruchéu, o galo em chapa metálica se destaca.
Laranjeiras-SE. Fotografia: Luiz Cruz, 2016.
Fachada frontal da Matriz de Nossa Senhora da Piedade,
com suas grimpas. Lagarto-SE. Fotografia: Luiz Cruz, 2016.
Ao distanciar um pouco das cidades mais antigas, em Lagarto,
na praça central, localiza-se a Matriz de Nossa Senhora da Piedade. Edificada
com duas torres quadradas, com cúpulas bulbosas, sobre elas se destacam as
grimpas, com a esfera armilar e o galo. Sem dúvida, parece uma igreja do
interior mineiro.
Grimpa da capela do Convento de Santa Clara do Desterro, Salvador-BA.
Fotografia: Luiz Cruz, 2019.
Em Salvador-BA, na capela do Convento de Santa Clara do
Desterro, em sua torre única, encontramos uma grimpa – um anjo alado, com pano
esvoaçante, a ostentar uma custódia e um cajado. Este é o mais antigo convento feminino do
Brasil, fundado em 1677, pelas freiras clarissas vindas de Évora, Portugal. No
interior da Bahia, grimpas podem ser observadas, mas em Cachoeira, uma das
cidades mais aprazíveis do país, algumas delas se constituem apenas com uma
estrela e são elegantes.
Grimpa da Igreja de João de Deus, Praça Dr.Aristides Milton, Cachoeira-BA. Fotografia: Luiz Cruz, 2019.
Grimpa da torre única do Convento de São Bento, João Pessoa-PB. Fotografia: Luiz Cruz, 2019.
Em João Pessoa-PB, na torre única do Convento de São Bento
está a grimpa com um dos símbolos da iconografia da ordem beneditina: o leão e o
cajado. Enquanto no Recife-PE, cidade que teve diversos registros de suas
paisagens antigas, onde se observa a existência de diversas grimpas, delas ainda
subsiste uma de significativo interesse. Ela se encontra na torre única da capela
do Convento de Santo Antônio, que fica exatamente ao lado da Capela dos Noviços
da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, mais conhecida como Capela Dourada
– monumento dos mais visitados do Brasil. A grimpa se constitui de flama, recortada
e vazada, com borlas esvoaçantes e o símbolo da ordem inserido: os braços
cruzados, chagados de Cristo e de São Francisco e a Cruz. É uma bela grimpa.
Grimpa da capela do Convento de Santo Antônio, Recife-PE.
Fotografia: Luiz Cruz, 2020.
Torre única e grimpa da capela do Convento de Santo Antônio, Recife-PE.
Fotografia: Luiz Cruz, 2020.
Pelo Brasil afora, encontramos muitas edificações religiosas
e civis dotadas com grimpas, outras com apenas coruchéus ou pináculos. Muitos
destes elementos já se perderam, tantos outros estão aí aguardando atenção,
cuidado, registro e estudos. Ideal mesmo é se fazer como o trabalho do
pesquisador Gustavo Bastos Bonfim, delimitar certa área, investigar,
inventariar e disponibilizar para que cada comunidade possa compreender a
significância e a necessidade de se manter os bens integrados das edificações,
todos e dentre eles, as nossas grimpas elegantes.
Luiz Antonio da Cruz
Agradecimentos:
César
Augusto Perillo Fernandes, Diuner Mello, Gustavo Bastos Bonfim, Maria José
Boaventura, Sylvio de Vasconcellos (in memoriam).
Referência:
ALVIM,
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Janeiro: Editora UFRJ, IPHAN, Prefeitura do Rio de Janeiro, 1999, 2 v.
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Trabalho maravilhoso e elucidativo. Realmente as gripas ou os "galos" da grimpas de Paraty nunca foram objeto de estudo histórico e arquitetônico, assim com tantas outras Brasil afora. Amei este trabalho, suas colocações e informações. Muito obrigado por nos informar sobre elas, porque muito aprendemos com este seu trabalho meticuloso e altamente perfeito. Parabéns Luis. Diuner Mello
ResponderExcluirDiuner Mello, muito obrigado por sua presença aqui, pelo registro tão generoso, mas sobretudo por seu apoio e colaboração. As grimpas estão pelo Brasil afora, mas precisam de atenção e proteção. As de Paraty são lindas e suas fotografias ficaram ótimas, foram feitas exclusivamente para este ensaio. Muito bacana. Abraço daqui de Tiradentes para você aí em Paraty.
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